Reeencantando a Educação.

Acredito que o futuro da nação esta relacionado á educação, e o papel do pedagogo é de extrema importância para que este futuro seja uma realidade. Aqui deixo minhas idéias, as idéias de outros e matérias para que póssamos reencantar a educação. Aproveito minhas maravilhosas aulas do meu curso para que este blog seja cada vez mais elaborado e tenha um bom conteúdo.

25 de nov. de 2007

Avaliação da disciplina

As questões propostas pela professora ao longo do semestre foram construtivas para a elaboração do projeto de pesquisa, mas me senti muito pressionada, pois cada questão respondida me via criticada, talvez por algum problema de comunicação, tentava elaborar da melhor maneira possível minhas idéias mas nunca estavam de acordo com os ideias da professora e diante desta busca pelo melhor fiquei muito mais constrangida quando feita a comparação com o trabalho de outro colega de classe, cada um possui seu estilo de escrever e expor suas idéias, e ser comparado á qualquer um pode não ser bom para o desenvolvimento pois como seres humanos nos sentimos inferiorizados e passamos a deixar de ser o que somos para buscar em outros o que nos falta, e através da comparação chegou uma hora que me senti assim, deixando de lado quem realmente sou. Mas nas minhas últimas atividades escrevi da minha forma e espero que assim possa ser mais clara e objetiva, sem precisar me espelhar em outros como eu, mas sempre me espelhar em melhores do que eu. Esta é minha única crítica, a da comparação, pois acredito que através do trabalho deste colega a professora buscou em todos os outros trabalhos o mesmo que encontrou no trabalho dele, sem considerar cada um como único.

Livros que servirão de apoio

São muito artigos, livros, profissionais da educação, reportagens que poderão me servir de apoio durante a construção de minha pesquisa, dois que acredito que me ajudarão muito são:
  • Educação e Amor - de Içami Tiba

Integrare Editora

ISBN :85993621119

1ª Edição 2006

Este livro do psiquiatra e escritor Dr. Içami Tiba busca através de textos, poemas, mensagens e desenhos ativar a reflexão sobre a relação Educação e Amor, e em um dos capítulos do livro "Pais que não tem tempo" Dr.Içami Tiba interpreta o tempo como "perecível e irrecuperável, mas não recarregável". Dr. Içami Tiba afirma também que a construção do conhecimento é uma busca por respostas através da curiosidade e a curiosidade só aparece quando há carinho, respeito e confiança, a auto-estima que vem do amor que estimula a curisidade pelo conhecimento.

  • Pais brilhantes, professores fascinantes - De Augusto Cury

Editora GMT

ISBN:8575420852

1ªEdição 2003

Mesmo sendo um livro de auto-ajuda é um importante "manual" para que seja revisto o papel dos pais e dos professores, para que cada um possa desenvolver seus objetvos de forma "limpa" para que o desenvolvimento de suas crianças seja plena e sem muitas perturbações durante este processo. O livro de Augusto Cury nos mostrs como fazer a diferença através de ferramentas divididas em sete hábitos necessários para pais brilhantes e para professores fascinantes, hábitos que mudarão o olhar deles em relação aos seus filhos e seus alunos.

Objetivos da pesquisa e maneiras que serão utilizadas para chegar a eles.

  • Através de entrevistas, reportagens, pesquisas de campo, observação e leituras de livros sobre o assunto.

Buscarei, com a minha pesquisa sobre a RELAÇÃO PAIS E FILHOS SOBRE O PROCESSO EDUCATIVO:

  • explicitar qual a importância dos pais no processo de desenvolvimento educativo dos filhos;
  • a ausência deles o que pode ser prejucial;
  • a presença o que pode se benéfica;
  • mostrar o perfil das escolas brasileiras;
  • mostrar o perfil da comunidade onde vivo atualmente.

Pois não basta criticar sem fazer parte desta realidade, pode parecer ilógico estudar este assunto, mas eu, pessoalmente tenho muito a agradecer aos meus pais pelo papel que eles tem na minha vida escolar e tenho certeza que se fossem negligentes em relação a minha educação não chegaria até onde cheguei, por isso como futura pedagoga vejo no papel dos pais um objeto importante para a construção e desenvolvimento de indivíduos preparados para enfrentar e modificar a sociedade em que vivemos.

Pais e filhos unidos no processo da educação.

Como relacionar o tema com as disciplinas aprendidas até hoje no curso de Pedagogia:
1ºSemestre
Língua e Comunicação
- "o corpo fala", os gestos dos filhos e dos pais é uma forma de educação que pode ser adquirida com a convivência; a aquisição da linguagem se dá a partir da convivência e muitos pais se sentem responsáveis por este processo; até os 7 anos de idade as crianças são capazes de aprender várias línguas ao mesmo tempo e tê-las como fluentes para o resto da vida, mas muitos pais que matriculam sas crianças em escolas japonesas não se esforçam em ensinar o Português para elas que acabam falando apenas o idioma japonês, por negligência dos pais que acabam se comunicando com seus filhos apenas em japonês.

Fundamentos da educação - filosofia da educação (relação professor-aluno, pensamentos filóficos), história da educação (a historicidade das escolas brasileiras no Japão), sociologia da educação (a escola é uma instituição social, que vem tido um papel de muito mais responsabilidade dentro da cmunidade brasileira no japão) e psicologia da educação (as práticas educacionais, o desenvolvimento do indivíduo) são temas que, se pensados sobre a comunidade, influenciam na problemática proposta. A escola também faz parte deste problema.

2º Semestre:
Didática
- qual didática que envolve o processo ensino-aprendizagem e qual a visão dos professores sobre as responsabilidades dos pais e suas próprias.

Organização da educação no Brasil - Até pouco tempo atrás as escolas brasileiras eram consideradas empresas privadas no japão, portanto o governo japonês não reconhecia como instituição educacional e não apoiavam da mesma forma que as escolas japonesas, hoje são consideradas escolas estrangeiras, mesmo estando no japão as escolas brasileiras seguem as mesmas leis e a mesma organização que as escolas do Brasil. A organização das escolas é importante ser relacionada na pesquisa, pois como já dito não basta manter um único foco sem olhar o redor do problema.

Filosofia da educação - Tenho certeza que algum pensamento filófico está voltado á relação dos pais com os filhos e o que isto interfere no processo de aprendizagem. Como ainda não pesquisei a fundo assim que encontrar indicarei quem e os pensamentos sobre a problemática.

Pedagogia: Constituições, desafios e campo de intervenção - Como futuros pedagogos enfrentarem problemas inúmeros em relação ao comportamento de nossos alunos e devemos nos manter atento ao relacionamento que os alunos tem com seus pais, problemas comportamentais podem ser espelho de problemas dentro de casa, cmo a falta de atençaõ, o que leva as crianças a querer chamar a atenção de qualquer forma. Este pode ser considerado um dos desafios de um pedagogo.

Por que estudar os problemas citados e não apenas um

A comunidade em que me encontro inserida enfrenta muito problemas relacionados á educação, são problemas que envolvem principalmente o lado pessoal particular e financeiro, que tem ganhado a atenção de todos profissionais da educação (brasileiros) e muitas vezes em conjunto com os responsáveis pela educação do Japão, o número de brasileiros residentes no Japão é muito grande.
Os problemas que citei são difíceis de serem estudados sozinhos, pois fazem parte de um círculo vicioso, talvez seja impossível estudar apenas a importância dos pais no processo de aprendizagem sem considerar os fatores que levam a este problema e sem considerar os problemas que surgem com a ocorrência deste tema.
Será que é errado pensar desta forma?

Problemas enfrentados pela comunidade brasileira no Japão em relação á educação

Considerando a educação podemos relacionar inúmeros problemas enfrentados pelos brasileiros residentes no Japão. Tanto pelos pais quanto pelas crianças. Os pais enfrentam problemas como:
  • a escolha entre a escola japonesa (mais barata) ou a escola brasileira (idioma materno, mas mais cara);
  • falta de tempo para dar a atenção necessária ao filho e ao processo de aprendizagem do mesmo, devido ao longo tempo que passam dentro de uma fábrica;
  • quando matriculam seus filhos em escolas japonesas muitos pais não sabem se comunicar com os professores, diretores;
  • o custo muito alto das mensalidades escolares (escolas reconhecidas pelo MEC );
  • optar em deixar seus filhos aos cuidados de um creche domiciliar ou matricular na escola (educação infantil) quando estão entre as idades iniciais (0 a6 anos);

E as crianças enfrentam problemas como:

  • adaptação, em escolas brasileiras, quando estavam acostumadas com a escola que frequentavam no Brasil, e muito mais nas escolas japonesas, que o idioma é diferente, os costumes, a cultura e há uma certa discriminação (inicial ou até contínua);
  • adaptação com o país desconhecido;
  • a ausência dos pais no seu desenvolvimento pessoal e escolar, pois há uma falta de tempo como desculpa, o que é fator de outros problemas;
  • mesmo ausentes quem decide sobre o que será melhor para o filho são os pais que muitas vezes esquecem de ouvir seus filhos e decidem o que é melhor para eles e não para o filho, como por exemplo, trocar o filho de escola, mudar de província e muitas vezes tirarem seus filhos da escola assim que se tornam adolescentes para trabalharem e ajudar nas despesas de casa;

Os professores e a escola também passam por problemas decorrentes da relação perturbada entre filhos e pais:

  • os professores passam a ter mais responsabilidade sobre os alunos, pois além de buscarem seus objetivos como professores se tornam como pais, escutam, falam e ensinam sobre a vida (talvez não seja um problema, problema será se estes alunos aprenderem sobre a vida de modo deturpado);
  • a escola busca adaptar seus horário com o dos pais, muitas escolas funcionam até tarde para que o aluno não volte para casa e fique sozinho até os pais chegarem, oferecem todas as refeições e fazem o transporte dos alunos;

14 de nov. de 2007

Pais estão deixando a responsabilidade nas mãos dos professores

Muitas vezes acho que os pais dekasseguis estão deixando de lado o papel de pai e mãe e exercendo apenas o papel de dekassegui, de trabalhador, e o pior é que cobram dos professores não apenas a educação escolar, mas também a educação social, culpam os professores se seus filhos são bagunceiros ou coisas do gênero.
É como se o professor estivesse em uma sala de aula tendo que cuidar de 20 ou mais filhos, fazer seu papel de professor e ensinar "seus filhos" como se comportar com os colegas, como escovar os dentes, o que se pode e não pode fazer.
Será que essa responsabilidade excessiva não afeta os professores?
Sempre tive vontade de perguntar á algum pai (ou mãe) o que acredita ser o papel de um professor, mas talvez grande parte dos pais não perceba que está deixando aos poucos a responsabilidade de pai nas mãos do professor e possam acabar se ofendendo ao ser questionado sobre esta assunto.

http://br.answers.yahoo.com/question/index?qid=20061005171043AAcmdbk

12 de nov. de 2007

Pesquisa em andamento - Pais, filhos e professores.

A comunidade brasileira no Japão não tem tido a preocupação necessária com a educação de seus filhos em idade de alfabetização, não aprendem nada nas creches e muito menos em casa.
Tentarei buscar em minha pesquisa fatores consideráveis na relação pai-filho-professor no processo de alfabetização. Nossas crianças de 0 a 6 anos serão os responsáveis pelo futuro disto tudo e acredito que devemos dar mais atenção á eles.

http://gambare.uol.com.br/2006/12/03/solucoes-para-pais-e-filhos/
Uma matéria muito interessante a respeito deste assunto que passa por despercebido pelos pais mas que são um tormento para as crianças, que sentem falta da convivência com seus pais.

A importância da atenção dos pais no processo educativo

O processo educativo não é solitário.
No decorrer do curso de pedagogia percebo que o papel do professor é tão importante quanto o conteúdo disciplinar, pois o que seria um monte de palavras soltas em textos sem ter quem possa situar este monte desconhecido, até então sem nexo algum? Mas o trabalho do professor não é único, a educação de um indivíduo deve se dar em conjunto com os pais.
Acredito que muitos de nós já tivemos alguma dúvida na lição de casa e fomos correndo perguntar para o pai, que nos ensinou e até hoje guardamos isto na memória.
Relatos como esse são raros aqui no Japão.
A população infantil estrangeira é numerosa, por isso as creches caseiras também crescem, os dekasseguis possuem objetivos de juntar dinheiro e realizar seus sonhos da casa própria, automóvel, comércio e como o custo de vida é muito alto acabamos trabalhando demais, uma média de 12 horas diárias, o que tem prejudicado muito nossas crianças, que passam o dia inteiro em creches que fazem o simples papel de "tomar conta" e quando encontram os pais não têm a atenção necessária pois estão cansados e precisam dormir para agüentar a jornada do dia seguinte.

9 de nov. de 2007

Mais sobre a ausência dos pais

Acabei de ler uma reportagem, não tão recente, mas que mostra mais um ponto a considerar sobre as consequências no desenvolvimento de uma criança considerando a ausências dos pais. Falei sobre a ausência presente, onde a crianças passa horas em uma escola enquanto seus pais trabalham em fábricas e quando se encontram os pais estão tão cansados que não dão atenção aos filhos, isso quando não chegam em casa e seus filhos já estão dormindo. Mas há um outro caso, onde o medo que isto ocorra faz com que os pais deixem seus filhos aos cuidados de avós ou outros parentes e vem ao Japão para trabalhar, acreditam que assim os filhos terão mais atenção e não ficaram "perdidos" aqui, mas esquecem que esta ação também afeterá seus filhos, pois a distância e a saudade são causas de depressões infantis que levam as crianças ao mal andamento escolar e dificuldade de desenvolvimento, o que era para ser uma solução para evitar a ausência presente se torna um grande problema a ser enfrentado de longe, uma frustração por parte dos filhos que não imaginam que a distância seria tão grande e que o tempo não passaria, e outra para os pais que estando longe não podem fazer muito pelos seus filhos. E grande parte das vezes o que seria: " dois anos passam logo, eu nós já estaremos de volta", os dois passam a ser cinco, dez e estas crianças crescem chamando os avós de pai e mãe.

28 de out. de 2007

Visita do MEC

Visita do MEC a Escolas Brasileiras no Japão

No último mês de Outubro as escolas brasileiras atuando aqui no Japão tiveram a visita do MEC, que procurou verificar a situação das escolas, em relação ao ensino oferecido e também para dialogar com essas mesmas escolas a respeitos dos problemas que enfrentam para que o MEC possa fazer a sua parte junto as escolas sempre visando a bem estar dis cidadãos brasileiros que vivem no exterior, ams que nunca deixam de cumprir com o papel de cidadão.
A visita do MEC foi motivo de muita agitação nas escolas brasileiras aqui no Japão.

http://www.abdnet.org.br/ntc.asp?cod=177
Assessoria de Comunicação Social Ministério da Educação e Jornal Nippo-Brasil

Escolas brasileiras fecham por falta de verba

Escolas brasileiras fecham por falta de verba
Instabilidade nos empregos tira estabilidade nos estudos, prejudicando instituições

Um problema vem afetando as escolas brasileiras do Japão, o desemprego de muitos pais vem os obrigando a tirar seus filhos das escolas brasileiras, que são particulares, e matricularem seus filhos em escolas japonesas que custam menos.
Acredito que não seja uma boa troca, mas a questão finaceira é que faz os pais tomarem decisões tão drásticas.
O custo de vida no Japão é muito alto e manter um filho em uma escola brasileira se torna inviável, dependendo da situação, pois além da mensalidade os pais arcam com alimentação e transporte, sem contar com os extras pagos pelos pais que fazem horas extras e deixam os filhos nas escolas além do horário escolar. A mensalidade de uma escola de ensino fundamental varia entre 45.000 a 48.000 ienes, uma média de 720 reais por aluno. Em relação ao salário de um dekassegui que é em média 200.000 ienes por mês, uma mensalidade é cara. Podemos pensar que nunca é demais investir na educação, mas para quem ainda sonha em voltar ao Brasil de certa forma 48000 ienes pesam na hora de querer juntar um dinheiro.

http://tudobem.uol.com.br/2007/05/22/escolas-brasileiras-fecham-por-falta-de-verba


19 de out. de 2007

A ausência dos pais

Aqui no Japão, a preocupação excessiva com o trabalho e dinheiro acaba que construindo um muro entre pais e filhos. Os pais passam horas no serviço, e as crianças passam horas nas escolas, e quando se encontram os pais estam tão cansados que não conseguem dar atenção necessária ao filho, não há diálogo, e se por ventura cria-se um adolescente rebelde, estes mesmo pais culpam a escola, pois estam deixando o papel, que teria que ser exercido por eles, sob a responsabilidade da escola, e é neste ponto que as escolas devem criar palestras ou mesmo nas reuniões de pais expor este problema e quais suas consequências, fazer com que os pais se conscientizem do seu papel.

A educação em Higashiomi

Na cidade onde resido não há escolas brasileiras, são apenas três as instituições escolares (duas até o ensino médio e uma até o fundamental) que atendem aos brasileiros da região, estas escolas ficam em cidades vizinhas.
A distância que as crianças enfrentam todo dia, faça chuva ou sol, é uma das maiores dificuldades, muitas vezes cruzo o caminho de um dos ônibus que levam as crianças á escola, e a maioria das crianças estam dormindo, acordam muito cedo, mesmo sabendo que as aulas começam apenas ás 9 da manhã a maioria das crianças saem de casa por volta das 7, pois o ônibus escolar faz um "tour" para recolher todas as crianças e muitas não podem ficar sozinhas em casa, então o horário tem que coincidir com o horários que os pais saem para trabalhar.

8 de out. de 2007

Higashiomi


O município de Higashiomi se localiza ao sudeste da província de Shiga, limitando-se ao norte com o município de Hikone e as vilas de Aisho e Taga; ao sul com as vilas de Ryuo e Hino e o município de Koga; a oeste com o município de Omihachiman e a vila de Azuchi; e ao leste limita-se com a província de Mie.O município de Higashiomi se se caracteriza topograficamente por ser longo e estreito no sentido leste oeste. Na região leste se localiza a cadeia montanhosa de Suzuka, a oeste encontramos o lago Biwa e ainda na região sudoeste correm os Rios Hino e Echi. A região cortada por esses dois rios se caracteriza por uma extensa planície e uma área levemente montanhosa. E ainda nessa região, com natureza em abundância, o município é abençoado pelos os montes Mitsukuri e Kinugasa.Sua área total abrange aproximadamente 383 km2 (o que representa aproximadamente uma área que corresponde a 9,5% da área total da província de Shiga) e seguidos dos municípios de Takashima e Koga é o terceiro maior município da província.
No município de Higashiomi estão situados vários pontos históricos, sendo o mais notável o Gamono, que foi palco do somonka, poemas de amor trocados entre o Príncipe Nukata e a princesa Oama, no século 7.Encontramos ainda vários templos antigos, como os Eigen-ji, Hyakusai-ji e Ishido-ji. No período medieval a região prosperou como um ponto chave para o comércio e a cidade de templos, e ainda nos tempos modernos na cidade nasceram muitas pessoas com tino para os negócios, comumente conhecidos como comerciantes de Omi. Através do contato com diferentes áreas, Higashiomi desenvolveu uma cultura variada e única.Assim, nos tempos modernos, com a “Grande Incorporação da Era Meiji” ocorrida em 1o de abril de 1889 foi introduzido o sistema de municipalização. Com o estabelecimento da lei de Promoção de Incorporação de Vilas e Vilarejos de outubro de 1953, as vilas e vilarejos da região na região foram incorporados em um município, cinco vilas e um vilarejo (a Grande Incorporação da Era Showa). O vilarejo de Aito mais tarde foi incorporado como vila em 11 de fevereiro de 1971.Em 11 de fevereiro de 2005, o município de Yokaichi e quatro vilas de Eigenji, Gokasho, Aito e Koto foram incorporados formando o município de Higashiomi, que subsequentemente se expandiu ainda mais quando os vilarejos de Gamo e Notogawa foram incorporados em 1o de janeiro de 2006. (Higashiomi city home page - http://www.city.higashiomi.shiga.jp/outside/Portuguese/page03.html)
Quanto a comunidade brasileira nesta cidade, não sei dizer ao certo qual o números de pessoas, mas sei que somos muitos, não há um dia que não saimos na rua e não nos encontramos com algum brasileiro. Grande maioria das fábricas possuem mão-de-obra brasileira, acreditam que somos mais trabalhadores e nos esforçamos bastante.
Hoje, a vida para os brasileiros é mais fácil, temos ao nosso alcance produtos brasileiros (desde alimentício até eletroeletrônicos), a língua já não é mais um problema, estamos cercados por pessoas que trabalham fazendo traduções e "tomando conta" dos funcionários brasileiros (somos em grande maioria empreiterados), já temos até a possibilidade de adquirir a compra de uma casa. Os brasileiros que moram aqui há mais tempo contam que antigamente não era fácil viver aqui, eram obrigados a acostumar com a comida japonesa, pois não havia supermercados brasileiros por perto (acho que nem havia), não podiam nem adquirir um telefone residencial, muitos saiam de madrugada de casa até o telefone público mais próximo para fazer ligações para seus parentes no Brasil, as crianças ingressavam nas escolas japonesas, hoje já existem inúmeros colégio brasileiros espalhados por todo Japão.
Eu, particularmente, gosto de morar no Japão, pensando no financeiro aqui é um lugar muito bom para se viver, trabalhamos duro, mas temos como nos sustentar e ter o que quisermos, mas o emocional, ou quando bate aquela canseira, a saudade do Brasil se torna tanta que não vemos a hora de voltar. Muitos brasileiros que estão aqui pela segunda vez, como eu, sabemos que jamais podemos dizer "jamais voltarei" pois uma hora ou outra acabamos voltando para o Japão, e esta acaba se tornando a jornada de um dekassegui, Japão é o lugar para trabalhar e juntar dinheiro, e o Brasil é onde descansamos e gastamos nosso dinheiro, e quando este acaba estamos nós aqui de volta. Mas sempre sonhamos que um dia tudo dará certo e poderemos ir um dia para o Brasil para não voltar mais. Eu sei que esta não será minha última vez aqui, são tantos sonhos que quero realizar, e neste mundo capitalista sem dinheiro nada feito. Mas o Japão não é apenas uma "fábrica de dinheiro", não para mim, pois criei laços afetivos muito grandes aqui, o que me deixa cada vez mais dividida...mas o Brasil é minha terra, aliás, quem vem pra cá se torna mais patriota e passa a dar mais valor ao que deixou para trás.

7 de set. de 2007

Eu

Meu nome é Elizabeth Akemi, mas quase todo mundo me chama de Akemi. Tenho 22 anos (o tempo voa), sou de Osasco, São Paulo, mas atualmente moro no Japão, entre idas e vindas, há quase 7 anos. Gosto daqui e pretendo começar a realizar meus objetivos por aqui.
Quando fui ao Brasil terminar meus estudos (ensino médio) resolvi prestar vestibular, e como era apaixonada por idiomas, principalmente o inglês, prestei para Letras, ams na verdade foi por curiosidade, só para testar com estava, e acabei passando no vestibular em 1º lugar e sendo assim cursei um semestre para não perder a oportunidade, e no decorrer do semestre me apaixonei pelo fato de pensar em lecionar e aos poucos notei que poderia fazer a minha parte para melhorar a situação da educação em nosso país, foi aí que meu objetivo de vida se voltou á educação e decidi que a partir dali faria o possível para abrir uma escola e por em prática todas as minhas idéias, mas infelizmente (ou felizmente, pois tenho meus motivos para gostar daqui) tive que voltar e acabei perdendo minha vaga na faculdade do Brasil, até que meu irmão veio com a novidade que uma universidade do Brasil estaria atuando aqui no Japão via internet e havia o curso de pedagogia, minha chance de recomeçar a correr atrás dos meus objetivos, e eis que aqui estou cursando Pedagogia pela UCB, e se depender da minha força de vontade vou até o fim.
Este blog será meu diário (semanário) sobre meu aprendizado, sobre pedagogia, educação e tudo mais. Espero fazer deste espaço um lugarzinho especial.

Abraços á todos...

3 de set. de 2007

Lembranças de Morrer!

Eis minha primeira postagem. Lindas palavras, que me fez lágrimas derramar. pois neste corpo forte, neste rosto sério, esconde-se um coração mole e apaixonado, pela vida, pelos estudos, pelo futuro, por tudo que vivi, vivo e viverei, meus amigos, minha família, meu amor.

Lembranças de Morrer
(Álvares de Azevedo)


"Quando em meu peito rebentar-se a fibra
Que o espírito enlaça à dor vivente,
Não derramem por mim nem uma lágrima
Em pálpebra demente.
E nem desfolhem na matéria impura
A flor do vale que adormece ao vento:
Não quero que uma nota de alegria
Se cale por meu triste passamento.

Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto, o poento caminheiro-
Como as horas de um longo pesadelo
Que se desfaz ao dobre de um sineiro;

Como o desterro de minh' alma errante,
Onde fogo insensato a consumia:
Só levo uma saudade - é desses tempos
Que amorosa ilusão embelecia.

Só levo uma saudade - é dessas sombras
Que eu sentia velar nas noites minhas....
De ti, ó minha mãe! pobre coitada
Que por minha tristeza te definhas!

De meu pai... de meus únicos amigos,
Poucos - bem poucos - e que não zombavam
Quando, em noites de febre endoidecido,
Minhas pálidas crenças duvidavam.

Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,
É pela virgem que sonhei... que nunca
Aos lábios, me encostou a face linda!

Só tu à mocidade sonhadora
Do pálido poeta deste flores....
Se viveu, foi por ti! e de esperança
De na vida gozar de teus amores.

Beijarei a verdade santa e nua,
Verei cristalizar-se o sonho amigo...
Ó minha virgem dos errantes sonhos,
Filha do céu, eu vou amar contigo!

Descansem o meu leito solitário
Na floresta dos homens esquecidas,
À sombra de uma cruz, e escrevam nela:-
Foi poeta - sonhou - e amou na vida..

Sombras do vale, noites da montanha,
Que minh' alma cantou e amava tanto,
Protegei o meu corpo abandonado,
E no silêncio derramai-lhe canto!

Mas quando preludia ave d' aurora
E quando à meia-noite o céu repousa,
Arvoredos do bosque, abri os ramos...
Deixai a lua prantear a lousa!"